Variedades.Comunicação
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Doce de Aninha
Marcílio Godoi
(...)Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim a mulher roceira.
- Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos. Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida. (...)
(Cora Coralina, em trecho
do poema "Todas as vidas")
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a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim a mulher roceira.
- Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos. Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida. (...)
(Cora Coralina, em trecho
do poema "Todas as vidas")
Tempo - espaço euclidiano
Marcílio Godoi
"Canudos tinha muito apropriadamente, em roda, uma cercadura de montanhas. Era um parêntesis; era um hiato; era um vácuo. Não existia. Transposto aquele cordão de serras, ninguém mais pecava."
(Euclides da Cunha em Os Sertões)
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(Euclides da Cunha em Os Sertões)
Zen palavras
Marcílio Godoi
pariso
novayorquizo
moscoviteio
sem sair do bar
só não levanto e vou embora
porque tem países
que eu nem chego a madagascar
(Paulo Leminski)
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novayorquizo
moscoviteio
sem sair do bar
só não levanto e vou embora
porque tem países
que eu nem chego a madagascar
(Paulo Leminski)
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A Ratoeira
Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira. Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos: "Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa." A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse: "Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda." O rato foi até o porco e disse a ele: "Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira." "Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces." O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse: "O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!" Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher. O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo. Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. Autoria de Autor Desconhecido Mensagens de Metáforas
domingo, 5 de setembro de 2010
Pra isso, preciso todos os dias “levantar e tirar a poeira da palavra amor”, das coisas envelhecidas, das marcas coloridas que um pouco de luz traz à tona os bons momentos vividos, os abraços emitidos, os beijos estalados, as fotos que recordam o que a vida, sem pedir nada em troca, nos deu.
Vanderson Barros
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